O texto de Moran "Educação afetiva ou controladora? Foco no conteúdo ou nos valores?, nos sugere um convite à reflexão, partindo da primícia que o educador deve apresentar competência intelectiva, que incentive o aluno a buscar mais conhecimento e compreender a importância deste para seu crescimento pessoal e social, bem como, sensibilidade para entender suas aflições, medos e desafios atuais, orientando com firmeza e tato, pautado em valores, firmando e afirmando que ainda vale a pena ser honesto, participativo e coerente.
Há tempos me angustio com os resultados que nossos alunos vêem apresentando quando inquiridos quanto à suas habilidades e competências escolares.
O educando precisa de exemplos; precisa sentir que pode confiar no seu educador. Que este último se preocupa, pensa e age da mesma maneira, que é coerente e verdadeiro. O professor/educador deve ser o "suporte", o incentivador, aquele que acredita no potencial de seus alunos/educandos e os fazem acreditar em si mesmos.
Tudo isso, pautado em afetividades e valores . A autonomia só será almejada e plena, se o educando acreditar em suas capacidades. O foco deixa de ser exclusivamente cognitivo e passa a ser mais amplo, significativo, empreendedor e de resultado.
Houve avanços tecnológicos nas escolas, porém esse recurso nada acrescenta, se o educando sair da escola sem condições de ser autor de sua própria vida, cidadão consciente que atua em seu meio e o transforma, mudando o estado de desequilíbrio, desrespeito à natureza e as gerações atuais e futuras.
Urge-se que abandonemos a esperança de uma revolução social e invistamos numa revolução pelo conhecimento. O saber, uma vez apropriado pelo educando, gera um indivíduo questionador, pesquisador e produtor. A falência intelectual gera o conformismo. Em um mundo globalizado, população mais instruída, competente e qualificada, gera ganho à todos.
